O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), reclamou que o Governo Federal está tentando jogar a culpa do aumento dos preços dos combustíveis e critica política de preços da Petrobrás.
Em entrevista nesta quinta-feira (24), Ricardo reclamou que com a retirada da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-combustíveis), o Governo Federal tenta ‘colocar no colo’ a responsabilidade pelo aumento da gasolina.
“Aposentaram a Petrobras, diminuíram a produção para comprar lá fora, o preço é em dólar. Isso foi feito porque o interesse das grandes petrolíferas está prevalecendo. Não é questão de Cide, a Cide é uma migalha, não vai nem vem, estão enganando o povo com essa história e retirando de quem já não tem nada para dar que são os estados”, disse.
Para Ricardo, é preciso que o Governo Federal se exponha. Ele reclamou da desestruturação da política de preços praticadas até 2016 pela Petrobrás. “Não houve aumento de ICMS, nem da Cide, como os preços estouraram? Por conta da política”, destacou.
Ricardo também afirmou que estranhou o as caras de tranqüilidade do governo federal “como se não tivesse ocorrendo nada e aproveitando para fazer disputa com o Estado, quebrando a coesão necessária em momentos de crise”.
O governador ratificou que o Estado não pode fazer nada nesta questão, pois é uma coisa da política do Governo Federal.
Ricardo ainda rebateu o deputado federal, Pedro Cunha Lima (PSDB), que foi às redes sociais pedir uma diminuição do ICMS para reduzir o preço dos combustíveis. O gestor, tachou o parlamentar de aproveitador, por estar “utilizando o momento de consternação popular para colocar a culpa no governo do Estado e protegendo o Governo Federal, ao mesmo tempo em que é favorável a renúncia de R$ 1 trilhão para petrolíferas na concessão do pré-sal”, comentou.
4 Comentários
O (des)governo Temer diz que fez acordo com os caminhoneiros, mas parece que o Temer fez acordo foi com as transportadoras,
aquelas empresas que transportam produtos próprios ou de terceiros. A ABCAM, Associação Brasileira dos Caminhoneiros,,
que representa 700 mil caminhoneiros autônomos diz que não fez nenhum acordo com o governo. Ou seja: o governo pode ter
conseguido suspender o lock out por 15 dias, mas a greve mesmo não. Se levarmos em conta que 2/3 dos caminhoneiros
são autônomos, alguém está mentindo e tentando enganar a população.
O que eu sei é que já são quase 8.00 h da manhã e eu não encontrei um caminhão sequer na BR 230.
Nota sobre a política de preços da Petrobrás da Associação dos Engenheiros da Petrobrás(publicado no Viomundo)
A AEPET reafirma o que foi expresso no Editorial Política de preços de Temer e Parente é America First!, de dezembro de 2017.
A Petrobrás adotou nova política de preços dos combustíveis, desde outubro de 2016.
A partir de então, foram praticados preços mais altos, que viabilizaram a importação por concorrentes.
A estatal perdeu mercado e a ociosidade de suas refinarias chegou a um quarto da capacidade instalada.
A exportação de petróleo cru disparou, enquanto a importação de derivados bateu recordes.
A importação de diesel se multiplicou por 1,8 desde 2015, dos EUA por 3,6.
O diesel importado dos EUA,, que em 2015 respondia por 41% do total, em 2017 superou 80% do total importado pelo Brasil.
Ganharam os produtores norte-americanos, os traders multinacionais, os importadores e distribuidores de capital privado no Brasil.
Perderam os consumidores brasileiros, a Petrobrás, a União e os estados federados com os impactos recessivos e na arrecadação.
Batizamos essa política de America first! , Os Estados Unidos primeiro!
Diante da greve dos caminhoneiros assistimos, lemos e ouvimos, repetidamente na “grande mídia”, a falácia de que a mudança da política de preços da Petrobrás ameaçaria sua capacidade empresarial.
Esclarecemos à sociedade que a mudança na política de preços, com a redução dos preços no mercado interno, tem o potencial de melhorar o desempenho corporativo, ou de ser neutra, caso a redução dos preços nas refinarias seja significativa, na medida em que a Petrobrás pode recuperar o mercado entregue aos concorrentes por meio da atual política de preços.
Além da recuperação do mercado perdido, o tamanho do mercado tende a se expandir, porque a demanda se aquece com preços mais baixos.
A atual direção da Petrobrás divulgou que foram realizados ajustes na política de preços com o objetivo de recuperar mercado, mas até aqui não foram efetivos.
A própria companhia reconhece nos seus balanços trimestrais o prejuízo na geração de caixa decorrente da política adotada.
Outra falácia repetida 24 horas por dia diz respeito a suposta “quebra da Petrobrás” em consequência dos subsídios concedidos entre 2011 e 2014.
A verdade é que a geração de caixa da companhia neste período foi pujante, sempre superior aos US$ 25 bilhões, e compatível com o desempenho empresarial histórico.
Geração operacional de caixa, US$ bilhões: 2011, 33,03; 2012, 27,04; 2013, 26,03; 2014, 26,60; 2015, 25,90; 2016, 26,10 e 2017, 27,11.
A Petrobrás é uma empresa estatal e existe para contribuir com o desenvolvimento do país e para abastecer nosso mercado aos menores custos possíveis.
A maioria da população quer que a Petrobrás atue em favor dos seus legítimos interesses, enquanto especuladores do mercado querem maximizar seus lucros de curto prazo.
Nossa Associação se solidariza com os consumidores brasileiros e afirma que é perfeitamente compatível ter a Petrobrás forte, a serviço do Brasil e preços dos combustíveis mais baixos e condizentes com a capacidade de compra dos brasileiros.
Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET)
Tião, semana passada o CAssio Cassado , pai deste minininho, semana passada estava pedindo aplausos par temer , emocionado quase chorando. Ontem deu entrevista dizendo que falta governo, que a insatisfação é generalizada. Ué….. como podes ver, não são confIaveis.
Pense que cabras de peia, salve salve RC…
Te Love Tião