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Ricardo não permitiu a presença da Polícia na Assembléia quando Eduardo Cunha visitou a Paraíba

16 de dezembro de 2019

A Polícia Militar compareceu hoje à Assembléia Legislativa com a missão de inibir manifestações contra a reforma da previdência estadual.

As pessoas que se dirigiram à Casa de Epitácio Pessoa somente entraram depois de revistadas pelos policiais. Até detectores de metais foram empregados.

Isso me fez lembrar um episódio parecido.

Em abril de 2015 discutia-se na mesma Assembléia a reforma política.

O palestrante era Eduardo Cunha, então presidente da Câmara e futuro presidiário.

Pediram a presença da polícia. O governador Ricardo Coutinho disse não. A Polícia poderia comparecer, mas se limitaria a ficar na Praça em frente. No interior da Assembléia, a segurança particular do Poder que cuidasse da organização do evento.

Houve vaia, houve manifestações hostis ao visitante, que, arrogante, quis cantar de galo no terreiro alheio.

Chegou a emprenhar pelos ouvidos e a dizer, publicamente, que fora hostilizado porque Anisio Maia e Estela Bezerra haviam introduzido gente da CUT e do movimento LGBT nas galerias. Também dirigiu críticas ao governador de então por não ter mandado a polícia descer o pau nos manifestantes.

Revendo as cenas da época, deparo-me com um Renato Gadelha enraivecido pela falta de reprimenda da PM aos paraibanos que diziam não ao pai da corrupção no país.

E até um Ricardo Barbosa pedindo desculpas a Eduardo Cunha.

Olha o que disse Ricardo Barbosa na ocasião:

Essa minoria fundamentalista envergonha a Paraíba. O presidente Eduardo Cunha que veio com tanta boa vontade a essa Casa, foi hostilizado por alguns vândalos. Nos perdoe, presidente, não leve para Brasília a imagem dessa minoria que nos envergonha”.

Será que Barbosa repetiria esse discurso hoje?

Em resumo: foi tudo uma questão de estilo.

Ricardo defendia a liberdade de opinião.

Outros defendem o silêncio das massas pela intimidação das fardas e dos coturnos.

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1 Comentário

  • Reply Fred 16 de dezembro de 2019 at 20:45

    O bom é ver a polícia defender quem vai criar a lei que tira o auxílio periculosidade da classe. Tudo, imposição do governo Bolsonaro. E o Estado há de obedecer querendo ou não, sob a ameaça de reprimenda fiscal. A polícia começou a engolir o sapo por se deixar persuadir pelo arsenal bélico difamatório dos grandes meios de comunicação. Polícia! Torço todos nós, mas lamento a postura suicida que adotaram. Bolsonaro ainda não enterrou a macaxeira toda. Meus colegas também gemerão muito, pois a referida raiz é áspera e grossa.

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