O ex-governador Ricardo Coutinho continua a fazer um périplo de entrevistas a veículos de comunicação do interior do estado. Na tarde desta quinta-feira (12), ao portal de notícias Diário do Sertão, ele negou que haja um rompimento com João Azevêdo, mas admitiu que pode se tornar adversário do governador se ‘caminho’ não for preservado.
Apesar de negar a existência do rompimento, Ricardo Coutinho disse que há uma condição para a manutenção da aliança com o atual governador. “Eu simplesmente quero que um caminho que foi definido para o qual eu fiz um sacrifício, (…) eu quero que esse caminho seja preservado. É um direito meu. Se alguém não quer preservar, paciência. Aí sim nós haveremos de nos tornar adversários, mas não é isso que eu vejo, e espero que o governador João Azevêdo, cada vez mais, esteja consciente dessa situação”, destacou.
Ao ser questionado sobre a relação com o atual gestor estadual, Coutinho voltou a dizer que a ‘irmandade’ entre os dois depende de João Azevêdo. Ele revelou que não se reuniu com o governador, mas se colocou a disposição para o diálogo. “Governador você não chama, você é chamado. Eu não posso chamar João Azevêdo para reunião porque o governador é ele. Cabe a ele chamar para uma reunião ou não. Acho que a agenda de um governador é muito intensa, eu compreendo isso. (…) Sempre disse que estou à disposição do governador. Então, ao que me consta não tem nada de rompimento, eu sou o presidente do partido, porque a presidência do partido me confiou essa tarefa, irei exercê-la”, destacou.
Ricardo Coutinho voltou a tecer críticas ao secretário de estado Nonato Bandeira que, segundo o ex-governador, ‘está feudalizando a política’. “Não se pode dividir o estado como se fosse capitania hereditária, e Nonato Bandeira estava fazendo isso, fez isso, e é por isso que na Assembleia você tem uma situação dramática para o Governo. Uma Assembleia que nós elegemos dois deputados. Se você juntar a oposição com o grupo que diz que não é situação nem oposição, você tem uma maioria perigosíssima”, opinou.
1 Comentário
Se o Luciano Agra tivesse sido candidato a prefeito em 2012, é claro que o vice
teria sido o Nonato Bandeira. Agra já estava com a saúde debilitada, e poucos
tinham conhecimento de tal fato. Ricardo, por motivos óbvios, não apoiava
a reeleição do Agra, e o PSB lançou outro nome. Agra passou a apoiar a
cgapa Cartaxo/Nonaro Bandeira. Agra veio a falecer pouco
tempo depois., depois da posse do Luciano Cartaxo.
Então, se alguém planejava repetir a situação que ocorreu com Mariz/Maranhão,
o plano falhou.
Mas , e se o plano original não tivesse falhado? Quem teria governado
João Pessoa nos últimos anos? Nem precisa responder!
Por trás de toda traição, sempre tem uma farsa!
Então, não fico surpreso com o que está acontecendo agora.
Eles só erraram o cálculo da força de Ricardo Coutinho.
E na equação deles faltou o elemento X: Apoio popular/VOTOS