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São João Virtual de Campina revoltou artistas locais chamados a cantar “de graça” e deu chabu: agora serão apenas três lives

5 de junho de 2020

MARCOS MAIVADO MARINHO 

O bombástico São João Virtual anunciado pela Prefeitura Municipal de Campina Grande e pela Medow Entretenimento, que aconteceria este mês em seis edições, virou um pequeno traque, embora essa má notícia ainda não tenha sido dada a conhecimento público.

A partir de uma série de denúncias chegada à redação d’APALAVRA envolvendo supostos favorecimentos a determinados artistas, em detrimento da chamada “prata de casa”, a Medow informou à reportagem com exclusividade, na tarde desta sexta feira, que o projeto foi reduzido a apenas três apresentações, em datas que oportunamente anunciará, estando definida por enquanto apenas o dia 23 com a participação de Elba Ramalho.

– “As lives foram reduzidas por dois motivos: primeiro porque a pandemia e a paralisação dessa semana atrasaram a gravação e produção dos vídeos que serão exibidos, bem como a montagem da estrutura; e segundo, porque a crise econômica, gerada pela pandemia, não permitiu que alguns parceiros estivessem conosco. As empresas não estão podendo gastar”, informou a Medow, através da sua assessoria de imprensa.

A programação, com as seis edições, contaria uma parte da história dos 37 anos d’O Maior São João do Mundo de Campina Grande, com temas como as quadrilhas juninas, a gastronomia e também a preparação para os shows do Parque do Povo, em outubro.

Segundo o prefeito Romero Rodrigues, o intuito de fazer a festa em versão virtual seria o de manter a tradição junina de 37 anos e também, através das lives, conseguir arrecadar alimentos para instituições do município.

Segundo o prefeito avisara, o evento não teria nenhum recurso de investimento financeiro da prefeitura.

– “A prefeitura de Campina Grande não vai colocar nenhum recurso socioeconômico para realização, porém a marca d’O Maior São João do Mundo é nossa. Por isso teremos a participação na organização, para divulgarmos a festa através das lives, contando a história de sucesso do evento”, explicou ele.

R$ 50 MIL SÓ DE FOGOS

Mas as denúncias chegadas à redação, por fontes do trading turístico local absolutamente confiáveis davam conta de que somente de fogos a prefeitura já teria contratado, às suas expensas, R$ 50 mil.

Sobre isso, a Medow também se manifestou ao ser questionada por APALAVRA:

– “Fogos não terão de forma alguma. Serão exibidas imagens de arquivo de shows pirotécnicos no Parque do Povo e do lançamento do São João, no complexo da Medow, de onde serão transmitidas as lives”, diz a nota da assessoria.

Segundo a Medow Entretenimento, o “São João virtual” será realizado em uma área da empresa, no bairro Itararé onde funcionava o templo de orações do empresário Ronaldo Correia, com a participação de artistas regionais e atrações nacionais e tem como objetivo inovar e levar o evento para perto do público.

As transmissões serão feitas de um cenário junino, retratando o Parque do Povo, sem participação do público, mas adotando todas as medidas de proteção determinadas pela Organização Mundial da Saúde e autoridades sanitárias, para garantir a segurança dos artistas e equipe de produção.

De acordo com a organização, o projeto também arrecadará doações destinadas a instituições de caridade e famílias carentes de Campina Grande.

“O São João de Campina em Sua Casa será o primeiro programa live junino do país, que reunirá entretenimento, informação, cultura, música, entre outros temas, com transmissão para o mundo inteiro pelas redes sociais”, disse o diretor da empresa, Jomário Souto.

CACHÊS DE ELBA E ELIANE

As denúncias investigadas pela redação d’APALAVRA também davam conta do pagamento de cachês a alguns artistas, dentre eles Elba Ramalho e Eliane, desagradando aos artistas locais que estariam sendo chamados a cantar gratuitamente nas lives.

Mas hoje a Medow também esclareceu esse ponto:

– “Elba, Eliane e todos os artistas que participarão das lives não terão cachê e sim uma ajuda de custo”, avisou a assessoria de imprensa acrescentando que “todos concordaram, porque entenderam o momento de crise que estamos passando, mas também consideraram importante não deixar o mês de junho passar em branco e o caráter filantrópico das lives”.

Sobre outros artistas nacionais que sempre estiveram no São João não participarem gratuitamente das lives, assim se manifestou a assessoria de imprensa da Medow:

– “O primeiro empecilho é o deslocamento, que a maioria não quis fazer, por causa da pandemia”.

Nesse ponto, a nota da Medow dá um cochilo e fala em CACHÊ ao citar que o segundo empecilho seria o número de parceiros, uma vez que “haveriam gastos com translado e hospedagem, fora o CACHÊ”.

Tamboem alegou que outro ponto a dificultar a vinda de grabdes nbomes “é que todos estão fazendo suas próprias lives.”

 

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