Por: Aldo Ribeiro
Vez ou outra, me pego no velho e ainda novo Youtube revendo novas-velhas histórias. Músicas, talkshows, jogos, e…debates. Aliás, não encontro de forma alguma aquele debate da TV Correio. Lembram? 2014, 2º turno, Ricardo vs Cássio? Recordam que Cássio literalmente arguia com as mãos trêmulas? Quase quatro anos depois, relembrando aquela cena inusitada, conseguimos ter uma leitura mais sóbria do que representava aquela “tremedeira”. Cássio, durante toda campanha, havia gasto todo seu latim batendo na tecla da segurança, da educação, da saúde e da suposta perseguição do governo do estado. Não surtiu resultado. Simplesmente porque seu lençol era curto. Quando caía no campo das comparações, em algumas situações, chegava a ser constrangedor. E ele sabia disso.
Pois bem, tudo indica que novamente a oposição da “grande família”, insistirá na mesma tecla. Repetidamente vemos o irmão gêmeo do prefeito falar, entre outras verborragias, que seu governo fará uma gestão humanizada, e/ou que a segurança será prioridade quando eleito. No entanto, sugiro que o gêmeo antes de se aprofundar no debate da segurança, converse com o esposo da vice de sua chapa, que por coincidência é prefeito de Campina Grande, que por conseguinte, é primo de Cássio. Olha que interessante, né? Tudo em família.
Acompanhamos via portais e TV´s, o trabalho extraordinário da briosa Polícia Militar da Paraíba, que conseguiu após intensa troca de tiros e trabalho de inteligência/tecnologia, prender integrantes do grupo que explodiu um carro-forte na última segunda-feira.
Mas, o mais trágico vem agora, e eu não acho nenhuma graça nisso. Um dos capturados pela nossa PM, foi preso em fevereiro deste ano também por explosão a bancos em Campina Grande, e, pasmem: o ocupava cargo comissionado no gabinete do prefeito Romero Rodrigues, e segundo portais, gozava da confiança do então secretário Tovar Correia Lima, hoje deputado estadual, e TAMBÉM integrante da família Cunha Lima.
Dito isso, podemos tirar algumas conclusões acerca do fatos comentados acima:
Que a PM da Paraíba é uma das mais operosas e competentes do país, e que fosse esse episódio, 10, 15 anos atrás, não sobraria um policial pra contar história, face a precariedade e desdém com que eram tratados naquela época. É sabido que os bandidos capturados estavam fortemente armados.
Que um de nossos canceres na segurança pública, chama-se: código penal. Como pode um cidadão acusado de explodir e assaltar bancos ser preso em fevereiro/18, logo em seguida voltar às ruas, e 4 meses depois ser pego novamente tocando terror com seus comparsas? Policiais enxugam gelo, meus caros. O problema é muito maior do que efetivo.
Por último e não menos importante, que irmão o gêmeo candidato, converse com o prefeito Romero. Desse jeito, fica difícil fazer qualquer crítica, mesmo que genérica e sem conteúdo, à segurança pública.
Sobre o mote de “humanizar a gestão”, também sugiro que o irmão gêmeo comece conversando com seu irmão prefeito, pra resolver a situação daquelas pobres famílias do Bairro das Indústrias, despejadas e até hoje jogadas à própria sorte num ginásio com água cortada.
É isso que se chama “humanizar a gestão”?
Não se enganem. Novos atores, velhas práticas.
O que chamou a atenção, entre os homens presos, é a participação de Romário Gomes Silveira, que foi preso em fevereiro deste ano por explosão de bancos em Campina Grande, enquanto ocupava cargo comissionado no gabinete do prefeito Romero Rodrigues (PSDB), na Rainha da Borborema, e gozava da confiança do então secretário Tovar Correia Lima.
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