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Sindicato dos Jornalistas repudia Sistema Correio por não querer pagar o que deve à viúva de Adelson Barbosa

18 de agosto de 2020

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba denunciou que o Sistema Correio de Comunicação está cobrando indevidamente da viúva do jornalista Adelson Barbosa a quantia de R$ 67 mil, que alega corresponder ao débito para com o plano de saúde do jornalista, morto recentemente por um tumor cerebral. A viúva fora chamada ao Sistema para tratar da homologação da rescisão contratual do falecido e, ao chegar, deparou-se com a fantástica conta.

Ela disse que não tem como pagar, acha que não deve e não consegue receber o que o marido, que dedicou quase trinta anos de sua vida ao Correio, tem direito.

Leia a nota:

SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO  ESTADO DA PARAÍBA

 NOTA DE REPÚDIO

A Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da

Paraíba vem perante a sociedade paraibana repudiar o comportamento insensível e revoltante do Sistema Correio de Comunicação, que tem como lema “Ética e Paixão”. Após o falecimento do jornalista ADELSON BARBOSA, a Sra. Lúcia  Lucena, na condição de viúva, foi chamada a comparecer ao Sistema Correio de Comunicação para tratar da homologação da rescisão contratual do esposo, que trabalhou nessa  empresa por mais de 28 anos. Chegando ao Sistema, Lúcia deparou -se com uma dívida no valor de R$ 67.111,72, que, segundo a empresa, seria referente ao plano de saúde cujo beneficiário era o jornalista Adelson Barbosa. A empresa, através do setor de Recursos Humanos, perguntou à viúva qual seria a proposta dela para pagar a dívida. Lúcia alegou que não teria condições financeiras de arcar com o valor que lhe estava sendo cobrado e que não achava devida essa cobrança, por se tratar de despesas referentes ao pagamento das mensalidades do plano de saúde, usufruído pelo seu esposo, que, em 2018, contraiu um tumor cerebral, quando ainda desempenhava suas atividades no Jornal. Coincidência ou não, além de seu falecido esposo, outros funcionários da empresa também  foram acometidos pela mesma doença. Alguns seguem em tratamento e outros vieram a óbito. Depois dessa primeira conversa, Lúcia tentou por várias vezes receber as verbas rescisórias a que tem direito, sem lograr êxito, mesmo com as tentativas frustradas através de telefonemas. Lúcia lamentou a falta de humanidade e sensibilidade por parte dos dirigentes do Sistema Correio, que, sequer, enviaram uma coroa de flores no dia do seu falecimento. Também lamentou a falta de reconhecimento, por parte dos empresários do Correio da Paraíba, do trabalho exercido por seu marido, um   jornalista que dedicou tantos anos de sua vida para proporcionar, com suas matérias exclusivas, rendimentos imensuráveis ao Sistema, cumprindo jornadas de trabalho extremamente exaustivas, sem direito, sequer, às horas extras, adicionais noturnos e domingos trabalhados. Lúcia Lucena, além de chorar a morte de Adelson, lamenta a falta de consideração de uma empresa, que auferiu incontáveis rendimentos, à custa do trabalho fatigante de Adelson Barbosa, um profissional brilhante, não só reconhecido na Paraíba como em nível nacional, que não teve o merecido reconhecimento em vida, tampouco após a sua morte. O Sindicato dos Jornalistas da Paraíba  lamenta a perda de um dos melhores Jornalistas do Estado, ao mesmo tempo em que se incorpora à revolta, à dor e à tristeza da família enlutada, que além da perda do seu ente querido, ainda está enfrentando o temor de ser lesada nos direitos que lhe são devidos.

João  Pessoa/PB, 18 de agosto de 2020.

A DIRETORIA

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2 Comentários

  • Reply Delfos 18 de agosto de 2020 at 20:02

    Que o sindicato ofereça à viúva a assistência jurídica que ela irá precisar. Nota de Solidariedade é muito bom, mas não obriga o patrão a pagar os direitos trabalhistas.

  • Reply José 19 de agosto de 2020 at 11:19

    Mais uma para a longa lista de ingratidão desse sistema de comunicação. Descartam os profissionais que deram prestígio e dinheiro aos cofres da empresa como se fossem lixo e ainda posam como cidadãos de bem. É bom investigar esses casos de câncer entre profissionais da empresa, pois podem ser decorrentes de vazamento de radiação de radiofrequência dos transmissores e antenas de TV, rádio e celular instalados no prédio.

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