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Site bolsonarista distorce “entrevista” de repórter; Bolsonaro compartilha

11 de março de 2019
Jornalista Constança Rezende é atacada por Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a imprensa em um post no Twitter. Ele publicou um texto que falsamente atribui à repórter do jornal O Estado de S. Paulo Constança Rezende a declaração “a intenção é arruinar Flávio Bolsonaro e o governo”, ao tratar da cobertura das movimentações suspeitas de Fabrício Queiroz. Após a acusação se espalhar pelas redes sociais durante a tarde, o próprio presidente Bolsonaro compartilhou o áudio em sua conta no Twitter.

A postagem causou repercussão imediata. Para o blogueiro do UOL Leonardo Sakamoto, “ao divulgar mentira, Bolsonaro vira corresponsável por eventuais ataques à jornalista“. Já Jamil Chade destaca que “quando a imprensa está sob ataque, é a liberdade que está em jogo“. Para Josias de Souza, “onde ele [Bolsonaro] diz haver ‘chantagens, desinformações e vazamentos’, não há senão investigações do Ministério Público, notícias jamais desmentidas e documentos oficiais do Coaf“.

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3 Comentários

  • Reply Lumière 11 de março de 2019 at 16:50

    COM GOVERNO EM QUEDA, BOLSONARO ESPALHA FAKENEWS PARA AGREDIR JORNALISTA

    por Redação RBA publicado 11/03/2019 09h05, última modificação 11/03/2019 12h30

    Alan Santos/PR
    Bolsonaro fake news

    Em mais um espisódio desastroso, Bolsonaro provoca ataque contra jornalista e contra a imprensa, espalhando notícias falsas

    São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro usou sua conta oficial no Twitter para compartilhar uma acusação falsa publicada pelo site Terça Livre contra uma repórter do jornal O Estado de S.Paulo (Estadão) e atacar a imprensa mais uma vez. Segundo o site, em uma gravação, que teria sido obtida por um jornalista francês, a jornalista Constança Rezende teria dito que “a intenção é arruinar Flávio Bolsonaro e o governo”. A frase, no entanto, não aparece nas gravações divulgadas pelo próprio site.

    O Terça Livre – ligado a ativistas conservadores e simpatizantes de Jair Bolsonaro e tem seu nome frequentemente ligado a divulgação de fake news – divulgou trechos de uma conversa telefônica de Constança sobre as investigações de denúncias contra Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente. Em seu Twitter, Bolsonaro afirmou que Constança Rezende “diz querer arruinar a vida de Flávio Bolsonaro e buscar o impeachment do presidente” e lembra que Constança é filha do jornalista Chico Otavio, repórter de O Globo. O presidente conclui: “Querem derrubar o governo com chantagens, desinformações e vazamentos”.

    * Chico Otávio, citado pelo presidente, investiga a atuação dos grupos milicianos no Rio de Janeiro.

    Logo após o tuíte, grupos governistas promoveram uma série de postagens nas quais acusam o Estado de “mentir” na cobertura do caso Fabrício Queiroz e ameaçando a imprensa em geral. A repórter também foi vítima de ataques e ofensas e cancelou sua conta no Twitter.

    O Estadão publicou um texto em seu blog de checagem de fake news, com o título “Site bolsonarista distorce entrevista de repórter do Estado o e promove desinformação”.

    Na gravação, Constança não fala em “intenção” de arruinar o governo ou o presidente. A conversa, em inglês, tem frases truncadas e com pausas – apenas trechos selecionados foram divulgados. Além disso, as legendas inseridas não correspondem ao que é ouvido na gravação.

    Na nota publicada em seu site, o Estado diz que “em determinado momento, a repórter avalia que ‘o caso pode comprometer’ e ‘está arruinando Bolsonaro’, mas não relaciona seu trabalho a nenhuma intenção nesse sentido”.
    Negativo

    O ataque feito com base em fake news por Bolsonaro contra a jornalista Constança Rezende foi duramente criticado. O ex-prefeito paulistano e ex-ministro Fernando Haddad (PT) disse que o presidente comete a agressão em meio às denúncias sobre o suposto envolvimento dos filhos com milícias do Rio, suspeitas de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), e ao escândalo das candidaturas laranjas de seu partido, o PSL.

    O jornalista Ricardo Noblat também mostrou indignação com o caso. “Raro o governante que convive bem com uma imprensa livre e crítica. Mas nunca na história deste país desde o fim da ditadura militar um presidente atacou tanto a imprensa como esse que mal completou 100 dias no cargo”, disse sobre a fake news divulgada para agredir jornalistas.

    “Bolsonaro tornou-se corresponsável por ataques, ameaças e agressões à repórter Constança Rezende após divulgar informação falsa a seu respeito, lançando uma onda de ódio contra ela. Sendo qualquer outra pessoa fazendo isso, já seria inacreditável”, afirmou o jornalista Leonardo Sakamoto.

    Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf ) mostrou que o ex-assessor do filho do presidente Fabrício Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta entre 2016 e 2017. A movimentação inclui repasse de dinheiro para a primeira-dama, Michele Bolsonaro. Em depoimento ao Ministério Público, ele admitiu que recebia parte dos salários de outros servidores do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, e usava os recursos para contratar outros funcionários.

  • Reply Delfos 11 de março de 2019 at 17:01

    MOURÃO TERÁ QUE APAGAR NOVO INCÊNDIO CAUSADO POR BOLSONARO

    247 – Se a falta de decoro de Jair Bolsonaro já era motivo para um eventual processo de impeachment, a pressão tende a crescer agora que o presidente conseguiu unir toda a imprensa contra si, ao postar uma notícia falsa para agredir a jornalista Constança Rezende, do Estado de S. Paulo, e seu pai, Chico Otávio, do Globo, que investiga a atuação das milícias do Rio de Janeiro e sua ligação com o assassinato de Marielle Franco

    Diante da nova demonstração de que Bolsonaro não tem condições de exercer o cargo, o vice Hamilton Mourão será novamente chamado a apagar o incêndio. O mais provável é que ele diga que a imprensa cumpre um importante papel nas democracias, sinalizando claramente seu desagrado com a postura de Bolsonaro.

    Com isso, ao se mostrar bem mais civilizado do que o chefe, Mourão tende a ganhar adesões para uma discussão que já ganha corpo no Congresso, sobre o eventual afastamento de Bolsonaro. Segundo o jornalista Ascânio Sêleme, ex-diretor do Globo, este debate é inevitável e começará a ser travado hoje no parlamento (

  • Reply Josenildo 12 de março de 2019 at 06:04

    Só quero saber quando vai terminar a campanha eleitoral de Bolsonaro, pra seus seguidores mais imbecis está bom, mas o povo precisa de emprego, saúde, segurança, educação e etc!

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