O que achei de mais interessante nas manchetes que alguns coleguinhas escreveram para informar sobre a nova operação da PF foi o empenho deles em citar o nome do ex-governador Ricardo Coutinho e ao mesmo tempo ocultar os nomes dos verdadeiros investigados.
Claro, as denúncias se referem a 2018, último ano da administração de Ricardo, mas a Polícia investiga deputados estaduais e um conselheiro do Tribunal de Contas que, conforme as investigações, teriam se beneficiado das ações ditas irregulares praticadas no âmbito da Secretaria da Educação.
Uma Secretaria com autonomia para licitar, comprar e pagar.
Pois, como todos sabem, o governador não participa dos processos licitatórios das suas secretarias, elas são ordenadoras de despesas.
Claro, citar o nome de Ricardo agrada ao grupo que dele tanto se beneficiou e hoje tenta aniquilá-lo por saber que, uma volta dele ao cenário político, significará o enterro dessa turma.
E citá-lo não seria nada demais se os coleguinhas relacionassem, como fizeram alguns poucos, quem foi alvo da operação, na casa de quem a Polícia fez as buscas e apreensões e quem teve bens indisponibilizados por ordem do Superior Tribunal de Justiça.
Esse tipo de jornalismo lixo sempre foi praticado, não nego, mas nos últimos tempos se alastrou como uma pandemia de covid.
E começo a chegar à conclusão de que aquela geração na qual nasci e me criei está findando, tem os dias contados, acabou-se.
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