Um cidadão que edita livros na Paraíba comentou a ebulição intelectual do Estado e as obras simultâneas lançadas por autores paraibanos, mas eu não gostei. Ele, a pretexto de elogiar a performance da Paraíba no campo da escrita, cuidou dos autores que usam a sua editora e esqueceu pessoas como Aldo Lopes de Araújo, Fábio Mozart, Vavá da Luz, 1berto de Almeida, Domingos Sávio Maximiano Roberto, Efigênio Moura, Tarcísio Pereira, Rubens Nóbrega, Gonzaga Rodrigues e outros que são, se não superiores, iguais aos seus autores de estimação.
O fato em si não me incomoda, incomoda, isto sim, a injustiça. Não que a análise do dito cujo possa ser encarada como sentença definitiva, transitada em julgado. Mas o leitor leigo tende a ver no que foi dito um fundo de verdade e o dito, embora verdadeiro em parte, encobre outras verdades que precisam ser esclarecidas.
Não vou me alongar nas considerações para não gerar polêmica. Não é o meu objetivo. O meu desejo é não permitir que, a pretexto de se exaltar as qualidades intelectuais dos nossos confrades, pratiquem a injustiça de esquecer quem merece ser lembrado, exaltado e elogiado.
E não se fala mais nisso.
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