É muito cômodo para a delatora Livânia Farias jogar a culpa pelo vazamento de suas cartas no advogado Sheyner Asfora, pouco importando para ela que esse seu gesto desgaste a biografia de um dos advogados mais éticos e sérios dessa Paraíba.
Para quem não hesitou em atirar lama ao vento na ânsia de se safar de uma encrenca, tudo é permitido, inclusive atirar em quem até bem pouco tempo a defendia nos tribunais.
O tema da vez é o Diário de Livânia, que na verdade nem diário é, seriam cartas de uma mulher desesperada se despedindo da vida por não suportar pressões de forças misteriosas que a queriam na cadeia.
Na versão de Livânia, o tal “diário” fora entregue ao advogado Sheyner Asfora, que o repassara ao governador João Azevedo, sob o testemunho do ex-governador Ricardo Coutinho.
Versão essa desmentida pelo próprio Sheyner, que assegurou ter repassado os correspondências da delatora a uma pessoa indicada por ela.
Mas quanto ao “diário”:
Se o dito cujo constava do auto de busca e apreensão e foi devolvido a ela, é prova do processo, e, portanto, de acesso permitido às partes. E se não constou do auto de apreensão, não passa, então, de palavras soltas ao vento, cujos ecos têm o objetivo de prejudicar o advogado.
O fato é que a delatora não negou o conteúdo do tal “diário” e teme ver o seu contrato jurídico com o Ministério Público (delação premiada) ser anulado por ter sido firmado e homologado por quem não tinha competência para fazê-lo.
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