Coitado do camaleão, sempre apontado como exemplo de incoerência e desfaçatez.
Um bicho tão bonito, tão verdinho, tão manso!
Eu comi muito camaleão assado quando morava no interior. A carne é boa, lembra galinha de granja.
Hoje não comeria. Não porque se trate de um traste desqualificado como o denominam certos políticos, mas por ter me conscientizado da necessidade de preservá-lo, exatamente para desmentir os cretinos que teimam em fazer do pobrezinho um “bode respiratório”.
Hoje ouvi no rádio um político dizendo que não era camaleão e não tinha comportamento camaleônico.
Talvez se referisse ao truque usado pelo camaleão para escapar dos predadores. Segundo as “lêndias” e “fricções”, o animalzinho muda a cor do couro para confundir os inimigos.
Mas, se for isso, o termo se ajustaria como uma luva ao político em apreço.
Segundo as minhas fontes fidedignas, o dito cujo saiu de um partido alegando incompatibilidade com os dirigentes à época e entrou num outro mais à esquerda, por ser mais parecido com o seu figurino.
O “não camaleônico” vinha de uma derrota fragorosa numa eleição recente, estava meio acabado, dizem que sofreria muito para se reeleger ao cargo que ocupava à época, mas na nova legenda, sob os auspícios do novo amigo que o abraçou na hora mais amarga, ressurgiu das cinzas e ganhou o mandato que estava destinado ao amigo da hora.
Pois bem, uns tempos depois o amigo da hora ingrata ficou sem mandato e sem amigos. Aliás, minto, ficou somente com os amigos que eram verdadeiramente amigos. Os de ocasião partiram em busca de outros tempos. O moço do camaleão foi junto. Esqueceu tudo. Teve absoluta amnésia. E agora, de olho na sigla que um dia abandonou por incompatibilidade, retorna falando macio e atribuindo sua eleição mais recente à sua excepcional performance e ao povo do seu Estado em particular.
Diante disso, eu só posso concordar quando ele diz que não é camaleão. Concordo porque o camaleão, ao contrário do que se diz, não muda de cor. Desde que o conheço das eras priscas, sempre teve uma cara só, um bico só, uma só cor e um mesmo jeito preguiçoso de enfrentar a vida.
6 Comentários
MDB é uma piada pronta. Não ganha um cargo relevante no estado da Paraíba, com a exceção da vaga “eterna” no Senado de Zé Maranhão, há muitos anos na PB. Quando Zé se aposentar, tenho até pena, vai virar nanico.
Com relação aos traidores de RC, estes que aguardem. Quando ele provar a inocência, vai vir voando e pisando pescoços dos oportunistas.
Pior tião esse senhor que é senador, entra no MDB quando partido esta passando no momento difícil com nosso senador José Maranhão. Esse Semador e um oportunista. Só quero saber se Nilvan vai continuar no MDB, onde esse senador apoiava candidato do govrrnador João Azevedo…Falando desse govetnador. Que saudade de Ricardo Coutinho, até agora esse governador não fez nada, nem projetos e nem obras na paraba até agora nada .
Eu duvido muito que o Sr. Nilvan
deixe o MDB. Ele e Veneziano têm muito em comum.
Mas também pode ser mais vantajoso
para ele se abrigar debaixo do
guarda-chuva da ocasião: o João
Azevedo. É so esperar pra ver
ele se lançando a deputado.
RC levantou esse camarada do fundo do poço.
Esse politico não se identifica com
um camaleão, até tem uma certa
razão: “alpinista” tem mais a ver
com lagartixa.
Mas no caso dele se trata de uma
coisa meio híbrida : lagartixa com
traços de camaleão.
MEU AVÔ,O GLORIOSO MIGUEL COSTA, SEMPRE DIZIA QUE HÁ PESSOAS QUE TÊM O PÉSSIMO HÁBITO DE COMPARAR QUALQUER PORCARIA COM O SABOR DE GALNHA. VÔTE, DIZIA ELE.