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Tatiana denuncia fura fila ao Ministério Público

26 de janeiro de 2021

A fila da vacina contra a covid-19 teria sido furada por pessoas que não estão nos grupos prioritários em Campina Grande, pelo fato de terem ligações políticas com a administração municipal. É o que afirma a médica e ex-secretária de Saúde do município, Tatiana Medeiros, que formalizou na manhã desta terça-feira (26), junto à Promotoria de Defesa dos Direitos da Saúde de Campina Grande, localizada na sede do Ministério Público (MPPB) no Centro Jurídico do bairro da Liberdade, os três protocolos com, segundo ela, robustas provas contra os desmandos na vacinação em Campina.

De acordo com a médica, “ser amigo do Rei (prefeito) garantiu essa prioridade”, ao destacar que foram apresentadas à Promotoria de Defesa dos Direitos da Saúde de Campina Grande todas as provas, colhidas e produzidas pelos próprios vacinados, que furaram a fila de prioridade na vacinação contra a covid-19 em Campina Grande.

“Esse momento de hoje faz parte do meu direito, enquanto cidadã e médica que sou, atuando há 30 anos na cidade de Campina Grande, bem como na condição de ex-gestora de saúde em âmbito estadual e municipal, onde me senti na obrigação de levar ao conhecimento do Ministério Público o descumprimento da gestão municipal a cerca das prioridades das poucas doses que chegaram para o enfrentamento a essa pandemia. E dentro desse contexto de escassez de doses, o que eu verifiquei é que pessoas que não são do grupo prioritário estavam sendo imunizados, na frente de profissionais de saúde. Então, diante dessa situação, eu presenciei e recebi várias denúncias de pessoas que geraram provas contra elas mesmas, numa clara falta de planejamento da Secretaria de Saúde, na aplicação dessas poucas doses que chegaram e, dessa forma, eu contactei com a promotora da Saúde, Adriana Amorim, onde formalizei três denúncias. Eu espero que o MP coíba essa ‘fura-fila’ e coíba essas irregularidades e reitero que continuarei vigilante”, disse Tatiana Medeiros. Escute na integra no link:

https://drive.google.com/file/d/1QtDZ0jWops6vmgdjYZfFAj20RGFluKRe/view?usp=sharing

Repercussão – A vereadora de Campina Grande, Jô Oliveira, informou à imprensa na semana passada que também recebeu denúncias sobre o assunto e enviará um ofício ao secretário de Saúde pedindo explicações (veja documento abaixo). ”Mesmo que seja mentira, ele precisa vir a público explicar isso”, comentou.

A promotora do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Adriana Amorim, que atua na área da saúde de Campina Grande, disse que está acompanhando o plano de vacinação em todo o estado e, em Campina Grande, foi instaurado um procedimento para acompanhar se o plano de vacinação está sendo seguido, e as prioridades obedecidas. ”Caso seja comprovado que pessoas que não estejam nos grupos prioritários tomaram a vacina, poderão ser tomadas providências contra gestores, servidores e quem tiver tomado a vacina indevidamente”, disse a promotora.

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2 Comentários

  • Reply Guterlandio Nascimento silva 26 de janeiro de 2021 at 20:23

    Porque ela também não levou, que administrador e os filhos do hospital do trauma furou fila. Tem denunciar todos. Não sou prefeitura também estado! Esta confirmado que administra hospital de trauma de Campina como os filhos furou filla.

  • Reply Pedro Paulo 27 de janeiro de 2021 at 06:40

    Apresente as provas……

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