Não está tudo normal. Aliás, faz tempo que não está. E não falo da Covid, falo das outras coisas. O país vive, hoje, um clima de confronto entre governadores de Estados e o presidente da República. Os governadores estão sendo fustigados por gente da República. Agora mesmo, o chamado gabinete do ódio estimula a Polícia baiana a se revoltar contra o governador da Bahia, por causa de um PM enlouquecido que atirou contra os próprios colegas e foi morto.
Aqui na Paraíba, o porta-voz do bolsonarismo, deputado Cabo Gilberto, convoca greve geral da Polícia em nome de um compromisso assumido e não quitado pelo governador do Estado.
Daqui a pouco é possível que os comandantes das três forças militares saiam dos seus postos por não concordarem com a politização imposta pelo presidente, que quer atrelar Exército, Marinha e Aeronáutica ao presidente e não ao país.
O general que comandava o Ministério da Defesa saiu do cargo por não aceitar esse atrelamento. Embora não o dissesse, na nota distribuída com a imprensa foi bastante claro ao afirmar que lutou para preservar as forças armadas como instituições de Estado.
Para um bom entendedor, meia palavra basta.
Alguma coisa paira no ar que não é de brigadeiro, mas carregado de nuvens escuras.
E não é só a Covid, repito.
1 Comentário
Leia Piero Lierner. Essa professor tem estudado muito essa turma VERDE oliva