Sem categoria

TESTE DE VALENTIA

21 de abril de 2019

                                                    

Na última reunião da “Confraria Tapa no Ovo” houve quem questionasse a valentia do jornalista José Maria Fontenelli,até então tido e havido como homem de coragem, acima de qualquer suspeita.

Antes de mais nada convém explicar ao leitor o que vem a ser a tal “Confraria Tapa no Ovo”. Ela existe  e sua séde é na praça da alimentação do Manaíra Shoping. Seus integrantes são figuras ilustres da nossa intelectualidade, dentre as quais se destacam o próprio Zé Maria, o jornalista Chico Pinto, o engenheiro Decson Cunha, o aposentado Joãozinho, o bancário Mouzinho, tem superintendente de Polícia Federal no meio, além de um enjoado lá dos abacaxis que bota defeito em tudo.

Agora voltemos ao começo da nossa conversa, ou seja, aquela da dúvida levantada sobre a valentia de Zé Maria. Todos os moradores de João Pessoa sabem que Zé Maria é valente e destemido. Certa vez furou o bucho de Jair Santana com um canivete porque Jair atrapalhou bela cagada que dava no banheiro da Rádio Arapuan. E todos têm ciência das grandes brigas protagonizadas por ele contra gente poderosa. Na última delas enfrentou o diretor do Hospital de Traumas e, segundo dizem, o duelo fedeu a chifre queimado.

Chico Pinto foi escalado para fazer o teste. Com aquele cotoco de dedo, herança de uma bomba que lhe explodiu na mão numa passeata de Eilzo Matos, Cabo Duca, como o chamamos, ligou para Zé e, disfarçando a voz, ameaçou:

-Seu cabra safado! Não tem vergonha de andar se enxerindo com mulher casada não? Quando eu lhe encontrar vou dar-lhe uma surra, viu!

Zé perguntou quem estava falando e Pinto, em vez de responder, desligou. Não deu dois minutos, tocou o telefone de Pinto e do outro lado Zé Maria advertiu:

-Você não tem medo de ficar telefonando para um delegado da Polícia Federal e ainda por cima fazendo ameaça?

-Você é delegado bosta nenhuma, seu cabra de peia! Venha se encontrar comigo na frente do shoping pra eu lhe ensinar o bom guardado. Estou esperando você. Estou de camisa vermelha e calça azul. Venha! – convidou Cabo Duca. E Zé, de lá, disse que vinha.

Não veio. Pinto ligou outra vez: – Cadê você, seu frouxo?! Tô aqui no aguardo. Venha se for macho.

E Zé, se justificando: – Só não vou porque minha mulher está nervosa, chorando. Se não eu ia!”. -Que mulher que nada! Você não vem porque tá com medo”, provocou Pinto. Aí Zé perdeu a esportiva: -Então eu vou. Mulher, traz aí a minha pistola”. Disse isso e desligou o telefone.

Passaram-se longos 20 minutos. A Confraria toda reunida, em expectativa. Pinto voltou a ligar. Do outro lado, em vez de Zé, atendeu a mulher:

-Alô? E pinto: -Aqui é o Amaro. Dá pra chamar Zé Maria aí?

A mulher, com a voz educadíssima, desculpou-se:

-Lamento, Seu Amaro, mas agora ele está na praia, passeando com a nossa cachorrinha”.

Você pode gostar também

1 Comentário

  • Reply JÚNIOR 21 de abril de 2019 at 10:33

    Grande Fontenelli !!! Totalmente esquecido pela mídia. Só lembram dele para fazer chacota.

  • Deixar uma resposta

    Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.