Meus amigos, fiquei sabendo que o pau comeu na madrugada que antecedeu a aurora boreal.
Mesmo com o adiantado da hora, o grupo foi convocado para uma reunião de emergência, mas o que se viu, depois da terceira meiota, foi empurrão, nome feio e dedada para todos os gostos.
Era um desespero medonho.
Ninguém se entendia, ninguém se fazia entender.
Tudo por causa do tiro saído pela culatra.
Haviam planejado uma coisa e deu outra.
E foi então que a vaca foi pro brejo.
-A culpa é tua, Franjinha -, acusava o chefe.
-Minha mesmo não. A culpa é dessa desvairada que esculhamba até com a mãe do cão -, revidou Franjinha, magoado e fazendo beicinho de choro.
Maria do Empório, acostumada a não levar desaforo pra casa, mandou bala de lá do outro lado da mesa:
-Néra você que se dizia craque em tudo, até em fazer dinheiro voar pela janela? Cadê que deu jeito?
O moderador do encontro, apelando para seus conhecimentos mediúnicos e kardecistas, pedia calma e ameaçava:
-Se continuarem assim, vão pra dedada .
-Não cutuque não que eu termino gostando -, confessava, cândido, um jovem até então esquecido e relegado ao mais longínquo ponto da mesa e que atendia pelo nome de Anjinho do Catolé.
O caldo engrossou quando um bispo da Igreja Brasileira adentrou no ambiente e, vendo o grupo reunido, bradou pra todos escutarem:
– Aí está o banquete dos desesperados -.
O primeiro tamborete pegou na cabeça do garçom. O garçom com raiva tascou a bandeija nos peitos do chefão, que revidou atirando uma empada na bunda de Maria do Empório, que, na queda, enfiou a unha no fiofó do caro colega.
Um verdadeiro SU.
2 Comentários
Aí dentú Tião!!!
Quem conhece esses personagens? Nomes por favor!