MARCOS MAIVADO MARINHO
A ‘torre de Babel’ em que se transformou a Câmara Municipal de Campina Grande, atuando como balcão de negócios para a ascenção de um exagerado número de suplentes, a maioria por vergonhosas licenciosidades com aval da Presidência da Casa e intermediação da chefia do Executivo, recebe hoje mais um temporário inquilino: Rafael Sousa (PSDB), folclórico homossexual declarado que no cadastro da Justiça Eleitoral – e na vida pessoal – é identificado pela alcunha de RAFAFÁ.
O suplente tomará posse durante a sessão ordinária de amanhã e já avisou que presta juramento mas não exercerá o mandato na plenitude uma vez que está em campanha para deputado federal e precisa fazer o ‘corpo-a-corpo’ junto às bases eleitorais.
Ainda assim, Rafafá declarou que está feliz e saberá honrar os 121 dias de mandato. “Eu vou trazer projetos para beneficiar o povo. A classe LGBT faz parte dos meus projetos, pois fazem parte do povo. Eu sou do povo e vou ser vereador do homem, da mulher, do gay, do hétero, do negro, do branco, do rico e do pobre”, avisou.
Rafafa assume o lugar do vereador Alexandre do Sindicato (PHS), que se licencia do cargo após fechar acordo com o prefeito Romero Rodrigues para assumir uma secretaria na Prefeitura.
Tanto Alexandre quanto Rafafá prometeram ao prefeito empenho redobrado na campanha do candidato do PV ao Governo do Estado, Lucélio Cartaxo, em cuja chapa figura a Primeira Dama de Campina Grande como candidata a vice-governadora.
As negociações com suplentes foram intensificadas no período eleitoral. Semana passada, por exemplo, Sargento Regis (PSC) e Soraya Brasileiro (PSDC) assumiram a titularidade provisória de mandatos em vagas abertas por Álvaro Farias (PSC) e Saulo Germano (PSDC). Na semana anterior foi a vez do suplente Marcos Raia ocupar a vaga de outro suplente que estava em exercício – Lucas Ribeiro, do PP.
Para operacionalizar tal ‘engenharia’ o suplente da vez, ex-vereador Buchada, comprometeu-se com Ivonete Ludgério e Romero Rodrigues a assinar uma carta declinando do seu direito de voltar ao Legislativo. Buchada preferiu os contratos milionários que a sua construtora tem com o Município executando obras de calçamento de ruas.
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