Meu amigo Francisco Florêncio vive a me desafiar a mudar de tom neste blog. Defende, está no seu direito, umas publicações mais amenas e engraçadas para tornar menos penosa essa travessia a que estamos submetidos.
Mas é difícil atender as pretensões e sugestões do meu amigo e mestre.
Agora mesmo a tV anuncia mais uma paralisação do Butatan.Parou a fabricação da coronavac porque faltou insumo.
Nós dependemos exclusivamente da China para fabricar a vacina que nos livrará do vírus mortal.
Aí o presidento Bolsonaro faz um discurso dizendo que a China está provocando uma guerra química, matando o mundo para se dar bem.
O presidente do país desmancha todo o ajeitado feito pelos seus assessores mais ajuizados e quem leva fumo é a população.
Como tratar de assuntos amenos com um presidento desajuizado a nos governar, hein Francisco Florêncio?
Se o presidente tivesse mais responsabilidade, decerto não estaríamos aqui chorando mortes e mais mortes de gente nossa que se foi porque não foi vacinada.
Chota, nosso conterrâneo que nos deixou no meio da noite de quarta-feira, continuaria vivo. Wallace e Wellington Pereira também. Zé Maranhão continuaria senador, João Henrique continuaria deputado e assim por diante.
Sem contar os Joãos e Josés sem mandatos, mas com o mesmo direito a vida.
Não, Chico, não consigo, desculpe. Vou bater na tecla até o dedo doer.
Ou até eu ver macaco virar gente.
5 Comentários
Como reza a divisa da comédia, “Rindo, moralizam-se os costumes” — ou, em latim, para ficar podre de chique: “Ridendo castigat mores”
Lembra Tião, quando se dizia dos jornais que só apresentavam crimes e tragédias? “Espremendo, sai sangue!” E aqueles dos escandalos? Imprensa marron (cor de merda!). Teu blog (que vc pode dar a tinta que quiser), nessa pandemia, tem a cor cinza ou roxa. Cor de defunto, de morte. Sinal que o dono do blog não degusta uma boa dose, faz tempo. Ou não dá uma a mais tempo ainda! Logo vc, Tião, das futricas e fofocas, do humor político, do escracho indecente, das “certinhas”? Azedou? Envelheceu? Apodreceu?
No tempo da ditadura, a melhor notícia era o Pasquim. Jornaleco que os jovens nem sabem o que significa. Foi a válvula de escape da esquerda e o furor dos milicos e seus anexos.
Tou me lixando com tuas notícias dos nossos políticos de aldeia, paroquiais. Passo por cima dos necrológios de teus conhecidos (já bastam os meus), mas paro pra ler e rir das tuas estorinhas das nossas safadezas, dos pecados subequatoriais, do submundo que nos rodeia, enfim, do macaco de circo que somos todos. Finalmente: aos 10 anos eu já era leitor da revista Seleções do Readers Digest, que meu primo Tozinho era assinante e me emprestava. E a primeira leitura era sempre a seção RIR É O MELHOR REMÉDIO. 64 anos depois, é o que busco primeiramente no que leio, pra suportar o que lerei em seguida. Freud explica.
Taí o que tu queria. Faço minhas as palavras do sábio Chico Florêncio. Tenho observado que o número de comentaristas desse teu blog está cada vez mais diminuindo. Restam alguns gatos pingados esquerdistas. São aqueles do time “quanto pior, melhor”. Estás em plena decadência. E eu, entre tantos outros, também vou migrar.
Xau!
cuidado com o esgoto!
“Cinza, roxo, cor da morte” ?
Tião, estais retratando a cor
do governo bolsonaro.
Seja em português , latim.,
ou qualquer outro idioma.
É por isso que fazes um jornalismo
de verdade!