Marcos Maivado Marinho
O relincho de Bolsonaro hoje em Campina Grande, quando pela idade que tem ele identificou-se com “validade vencida”, no que acabou sendo a sua única verdade no palanque do conjunto Aluízio Campos, não foi nenhuma novidade.
Falar a voz dos muares é esporte preferido de Sua Excelência há meses…
Foi em São Paulo tentando dar coice n’outra espécie que lhe faz par na “jumentice” – o engomado governador Dória – que o Presidente caprichou no seu primeiro relinchar.
Mas ao repeti-lo aqui na Borborema, não por coincidência no cocho, ou melhor, no tablado que de modo muito feliz a prefeitura montou para ele na porta do lugar onde se compra e se vende burros (o Parque de Exposições de Animas do Ligeiro), a pose de muar do Presidente fez o seu zurrar ainda mais vergonhoso e miúdo demais.
Por sorte o dia do parque hoje não era o de feira. Corria o risco do inquilino da faixa presidencial vir a ser comercializado a preço de liquidação…
O jumento nordestino pode muito bem ser encaixado na frase de Euclides da Cunha segundo a qual o nordestino é antes de tudo um forte.
Pode sim!
Nosso irmão de quatro patas é mais do que um forte e seu relincho másculo é uma das vozes mais belas da região.
Nada a ver, inclusive, com este rebusnar de meia tijela que Bolsonaro engendrou com voz de Maira garrafada aos pés do ouvido do jovem sanfoneiro conterrâneo que tocava a rara jóia do meu amigo Ton Oliveira que a Paraíba oficializou como seu hino.
Esse jumento, quero dizer, esse homem que desembarcou às 10 horas no ‘João Suassuna’ e que graças a Santa Dulce dos pobres por volta do meio dia já desabava prá Brasília, nos envergonhou, o que é deveras lastimável.
Não usa, porque não sabe o que é, a liturgia do cargo. E porta-se, em solenidade tão histórica como a de hoje em que 4.100 humildes famílias conseguem realizar o sonho da casa própria e ansiavam aplaudir um discurso do Presidente da República, como mula velha sem cabeça.
Pior ainda, no caso restrito a ele: sem cabeça, sem tronco e sem membros.
Uma observação, aliás, que não é de minha exclusividade.
Até consultei amigos de talento. Um deles, mestre e doutor, cidadão do mundo e da província, poeta e compositor,vce-reitor da UEPB (Flávio Guimarães); e nordestino DA GEMA assim como nós que tivemos o desprazer de ouvir e ver a desastrada onomatopéia de Bolsonaro, sintetizou esse rincho na terra de Biu do Violão:
– “Sinceramente, esse senhor não tem a mínima noção do lugar que ocupa. É deslocado. É torpe. É inábil. Mas, concluir um discurso oficial com um grito, similar ao relincho de um burro manco, foi demais”.
Foi não, professor Flávio Guimarães.
Foi DE MENOS!
6 Comentários
Grito com seu texto, Tião: KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.
Não se pode esperar muito de um ser ignóbil que ostenta uma faixa mas que, no final das contas, não passa de um nada que, em breve, terá sua recompensa espiritual.
Eric Nepomuceno disse hj q bozo eh um midas invertido tudo q ele toca vira nerds.
Merda
Realmente nunca imaginei que uma pessoal totalmente desaculturada fosse possível chegar ao cargo de Presidente. Acredito que o bom campinense vai passar uns dias pra limpar essa vergonha da cara de um discurso sem conteúdo, logo nós PARAÍBA, mal acostumados com grandes Oradores, como o Próprio Ronaldo, Raimundo Asfora, Argemiro de Figueiredo, João Agripino, Ricardo Coutinho e tantos outros, uma paraíba mal acostumada com grandes Compositores, Zè Ramalho, Chico Cesar, Jackson do Pandeiro, Biliu de Campina, Paraíba de grandes Escritores, Zé Américo de Almeida, Augusto dos Anjos, José Lins do Rêgo. O Bolsonaro deveria ter sido informado aonde ele iria discursar ou não!
Kkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkk
Adorei Tião… “O relinche do Bozo em Campina Grande…”
Mas isso de imitar o pobre do jegue esse asno que tá na presidência nem sabe.
Discurso com conteúdo, coerência e lógica, de alguém como Bolsonaro?
Nem sonhando!