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Um recado aos urubus de Princesa

3 de julho de 2019

Sou do sertão e, por conseguinte, sou sertanejo. Conheço os hábitos e costumes do meu povo, porque os hábitos e costumes do meu povo são os meus também. Não abro mão do meu cuscuz com bode, do meu pão aguado com carne de porco, da minha cachaça com tiragosto de umbu,do meu forró pé de serra, da conversa de pé de balcão, do jogo de sinuca, da aposta do bilhar, da missa cantada em latim sem que eu dela nada entenda, do fanfarrão metido a brabo, do brabo que não precisa fingir, enfim, sou parte de uma terra sofrida, mas amada pelos que nela nascem e que dela não abrem mão por nada neste mundo.

Aprendi que o maior tributo do sertanejo meu irmão é a solidariedade.

Na hora do aperto, todos chegam e se achegam. Uns trazem meia quarta de açúcar, outros providenciam a banha de torrar o ovo, o vizinho da frente empresta a mistura do feijão e assim todos vivem, todos escapam, todos são felizes.

Pelo menos era assim no meu tempo.

Distante do meu sertão desde o lingínquo 1975, surpreendo-me com a notícia da briga política na minha querida Princesa.

Adversários do prefeito Ricardo Pereira, na falta do que dizer dele, acusam-no, pasmem, de ser contra uma festa.

Como se festa fosse a coisa mais importante do mundo.

Mas tem gente que se faz com a euforia dos festeiros.

E, aproveitando a euforia, trata de detonar o adversário com acusações ao mesmo tempo infundadas e desprovidas de qualquer sentido de utilidade prática.

Mas o que dói é a falta de solidariedade.

O prefeito chora a doença grave que acomete o pai dele.

E os festeiros sapatateiam sobre o sofrimento do prefeito, inchando os peitos de cobiça, querendo usar essa fragilidade momentânea para alcançar o orgasmo fácil próprio dos prostíbulos.

Fico triste com essa falta de solidariedade.

Minha terra mudou.

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9 Comentários

  • Reply Cida da rua da baixa 3 de julho de 2019 at 20:57

    Tião deixa disso, Ricardo Pereira nunca teve sentimentos com ninguém que seja, primeiro conhece as Pessoa e depois tu fala homi.

  • Reply Moacir Siqueira 3 de julho de 2019 at 21:05

    Tião meu patrão já que vc é um dos caras da comunicação do Estado fale com João Azevedo para ver essa estrada q liga Taperoá a Teixeira, a região de princesa tá sem ligação com a capital

  • Reply Antonio Carlos 3 de julho de 2019 at 21:45

    Que Deus restabeleça a saúde do Sr. Neco, pai do atual Prefeito e um homem de bem.
    Não sei o propósito de sua matéria. Sei que já perdeu seu pai e outros entes queridos, e quem passou por isso sabe a dor desse momento.
    Espero que não seja usado essa situação para justificar as atitudes do Prefeito. Frio, arrogante, insensível e que, quando pode, tripudia dos que lhe procuram em busca do que lhe é de direito.
    Você o defende hoje, mas já vi muitas matérias com críticas ferrenhas.
    Se ama tanto Princesa, preocupe-se com os contratados que não recebem, com os fornecedores, com os que locaram carros e prédios.
    Não use o momento difícil de saúde do genitor do Prefeito para fazer defesa de seus desmandos.
    Que Deus restabeleça a saúde do pai e amoleça o coração de pedra do gestor.

  • Reply Vanilda Barbosa dos Santos 3 de julho de 2019 at 22:42

    Meu conterrâneo,que texto lindo.Digno de um Princesense Nato, Obrigada!!!!!!!

  • Reply Pedro Anselmo 4 de julho de 2019 at 07:26

    Trabalho na prefeitura, há mais ou menos 18 anos, e convivi com quatro últimos prefeitos, e vejo a política difamatória a respeito de Ricardo Pereira, quando dizem que ele não recebe ninguém. Ao contrário, dos últimos quatro prefeitos, quem mais recebe o povão, como dizem por aí é Ricardo. Os corredores são cheios quase todos os dias, quando ele está na prefeitura, o que é raro se ausentar salvo em viagens. Ao contrário de Tiago Pereira e Dominguinhos que passavam até dois meses sem botar o pé lá, e quem quisesse vê Dominguinhos, procurasse o bar de António Delano ou de Zé Hélio, e Tiago era trancado no palacete assistindo Pica-pau de ressaca. Já Sidney eta presente, mas só atendeu ao povo no início, e depois a conversa era “venha dia 10,20 ou 30, e esses dias nunca chegavam. Aí na falta do que falar, chamam Ricardo de arrogante e prepotente, que em algumas vezes pode até ser porque gosta da coisa certa, mas serve. O que é melhor do que tapinha nas costas e não servir. Agora se estão preocupados com arrogância e prepotência ao extremo, deixem os Moura ganhar uma eleição que vão vê Doca do Oião. Se nunca viram dois cabra arrogante, vão conhecer Aledson e Alan, os santinhos do pau oco. Dominguinhos conhece bem quem são esses dois doutores. Em 2012, sem ter e nem pra quê, deram uma surra no seu genro, que dividida, dava pra três jegue, mas parece que os ex-prefeito já esqueceu que não tira seus nomes da boca.

  • Reply Rosa do São Vicente 4 de julho de 2019 at 08:10

    Meu Deus que texto ridículo. É bem a sua cara mesmo. Baixo, chulo, sem importância… Acompanhei tudo pelo rádio e redes sociais. O assunto foi entre o secretário Givaldo Moraes e os Mouras. E outra, conhecendo o Sr. Prefeito como nós conhecemos pq moramos aqui, o mesmo não tem sentimento por ninguém e se tivesse o poder que gostaria usaria isso como a facada do outro ridículo, Bolsonaro. É bem a cara dele. E olhe que já está se aproveitando. Mas de coração, desejo que Deus restaure a saúde do Sr. Neco que nada tem a ver com as maldades do filho.

    • Reply Sebastião 4 de julho de 2019 at 09:13

      Rosa, ou quem se esconde atrás do nome, publico seu recado apenas para dizer que você não é Rosa, você eu sei quem é, conheço a redação. Continua frouxo e covarde, sem coragem para assumir. Aliás, em se tratando de assumir, você nunca assumiu nada. Nem os chifres.

  • Reply EDGAR 4 de julho de 2019 at 09:02

    Tião, não concordo com você quando diz que nossa terra mudou. Princesa não mudou em nada. Nosso povo sempre foi dividido. Os homens letrados daqui vivem fora. São apenas visitantes. Não tem como mudar a cultura porque a cegueira não permite. Não temos referencial.

  • Reply Angela 4 de julho de 2019 at 10:13

    Nem só paraibana, mas adooooorooo o fervor dessas politicagens.
    Pelo que eu tive o prazer de ler, só um relato é merecedor de mais créditos:
    o da pessoa que trabalha na prefeitura há 18 anos. É o único que, na verdade,
    coloca o próprio pescoço em risco.

    Será que ficará alguém vivo quando a campanha eleitoral começar de verdade?

    Ah, peço desculpas pelo atrevimento de opinar.

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