Vitória fácil não tem sabor, nem cheira, nem fede, é igual a galinha de granja, limpa, mas sem gosto.
Vitória boa é aquela sofrida, conseguida aos 90 minutos da prorrogação, quando todas as esperanças já estão se esvaindo e o torcedor, desconsolado, está pegando o boné para abandonar o estádio.
Nada fácil tem valor.
E se tem, é um valor irrisório.
Agora mesmo a Paraíba se depara com uma guerra enorme. De um lado, urubus ávidos por carniça, espicham o olho comprido querendo devorar a sua presa. E do outro, um homem, somente um homem, disposto a lutar até o fim, sem se render, sem afrouxar, sem pedir arrego.
Ele mesmo diz que não corre da luta, pode até ser vencido, mas entregar os pontos, jamais.
E os urubus apelam, jogam sujo, espalham boatos, agem como o jogador corrupto que usa a carta escondida para bater a parada. Até confundir os que assistem o deprimente espetáculo da dissimulação eles tentam, como se os chamados espectadores não soubessem definir o que é certo e o que é errado.
E os dias correm, as artimanhas proliferam, as maldades são perpetradas, dinheiro sujo é usado para financiar os boateiros, rabos de palha são escondidos debaixo do tapete e falsas aureolas são instaladas ao redor das cabeças de falsos santos, na tentativa desesperada dos chamados sepulcros caiados de tentar reverter a ordem natural das coisas e finalmente verem o mal triunfar sobre o bem.
Faltam poucos dias para tudo ficar claro e a gente saber se os falsos paladinos triunfarão ou se a verdade prevalecerá.
Eu acredito na segunda hipótese.
O povo está acordando e não vai se deixar iludir pela lábia de quem, até bem pouco tempo, era conhecido como os “15 por ento” dos livros misteriosos.
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