opinião

Uma velha crônica: música ao morto!

15 de novembro de 2019

Marcelo Piancó 

Eu estou com medo, com medo de não poder escutar a música que eu gosto e de ver o filme que me mostra conquistas. Eu quero acreditar que a maior conquista do oeste não foi a inauguração do IML de Cajazeiras. Ainda bem que eu vou ter uma arma, se alguém atentar contra a minha família eu terei uma forma de reagir, eu terei uma arma de verdade, não esse reles papel que cospe voto em urna eletrônica, isso é arma de esquerda, eu quero é uma submetralhadora na mão direita, a que afaga e apedreja.

Eu sou corajoso, eu tenho a índole de quem nasceu para defender os meus e os zeus com uma arma. Essa merda de civilização é que anda tirando de mim a vontade de ser fera. O homem nasceu pra caçar e matar, essa porcaria de educação é que anda aplacando nossa “macheza”. Eu tenho certeza que vamos entrar numa onda de prosperidade, pois com a educação à distância estaremos formando cidadãos mais perto das armas. Agora todo mundo pode se defender, não só o bandido terá arma, o cidadão de bem também. Ou seja, o cidadão de bem se igualou ao bandido ou bandido ao cidadão de bem? Pelo menos agora estamos igual a você bandido, temos agora a chance de sacar primeiro, apesar de você, bandido, ter a licença poética da profissão de ser traiçoeiro.

Será que se o cidadão de bem atirar antes do bandido ele muda de lado? Tenho esse receio (pensamento de idiota esquerdopata humanitário), porém o meu maior medo é não poder escutar a música que eu gosto, pois em todo bar que eu chego está tocando música que enaltece a vida fora da lei e quando peço pra mudar a música me olham como se quisessem atirar na minha cara, girar um revólver de verdade no dedo e bater na aba quimérica do chapéu hipotético, dizendo mandei mais um aparente intelectual pro agora real IML de Cajazeiras. E tome Rabecões do Forró na caixa e eu no caixão sem som, sorrindo.

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1 Comentário

  • Reply enrique 15 de novembro de 2019 at 18:23

    está aberta a temporada de caça ao pobre preto, não importa a idade. quantas crianças mais vamos ver serem executas pela milícia gospel que comanda o brasil, do município até a presidência? tudo com nome de “cidadão de bem”.

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