Acreditando na palavra do gestor, que prega carinho e respeito à população, M procurou abrigo para seu avô doente no Trauminha de Mangabeira.
O carinho tão propalado, porém, ficou apenas na propaganda.
A moça passou meio dia tentando para conseguir internar o avô gravemente doente numa enfermaria suja e descuidada.
Tudo cheirava a desleixo, a abandono, a casa de noca.
As camas onde deitavam os doentes estavam enferrujadas.
E eles, os doentes, permaneciam deitados sem qualquer cobertor que lhe mitigassem o frio.
Ou lhe cobrissem a vergonha.
Quando precisou usar o banheiro, então, não conseguiu conter a expressão de horror.
O banheiro fedia, parecia privada de casa de jogo de azar.
Ou pior do que isso.
As imagens podem comprovar tudo isso.
Veja, leitor, como a realidade é uma coisa e a fantasia é outra.
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