Marcos Pires
Ufa! Até que enfim ultrapassamos os piores anos de nossas vidas. Tudo começou em 2020 quando fomos atacados pelo Covid. Quem iria imaginar que o fato de um chinês no outro lado do mundo comer um morcego mudaria nosso modo de viver, hem? Já imaginaram se um paraibano comendo um preá em Catingueira tivesse sido a causa daquela pandemia que graças a Deus superamos no início do ano passado? Ora, se suspeitaram que a China havia inventado o vírus covid só para depois vender a vacina coronavac, seria bem possível que na eventualidade da doença ter-se originado na Paraíba fossemos acusados de termos inventado o vírus preárium só para depois vendermos vacinas à base de água Rabelo no seu tratamento. Zulivre!
Além da pandemia, aqui no Brasil ainda sofremos com as eleições que assistimos no ano passado, 2022. Ao invés de proposições durante a campanha eleitoral o que se viu foi uma avalanche de acusações de todas as partes, todos dizendo-se os heróis do combate à pandemia e acusando seus opositores de incompetência no trato daquele cataclisma. O mais engraçado foi ver quantos pais pode ter uma mesma filha, no caso a vacina. Porém também superamos as eleições e hoje temos mais do mesmo; aumentou o percentual de abstenções, votos brancos e nulos. E de pouco adiantou o empenho dos que bradaram pelo Presidente que elegeram. Mais uma vez os eleitores fizeram voltar ao Congresso a quase totalidade dos mesmos “vocês sabem o que” para manipular Sua Excelência.
O mundo ficou mais japonês na medida em que o povo assumiu costumes só vistos naquele povo. Higiene principalmente. Muita gente continua usando máscaras quando está no meio da multidão, tiram os sapatos ao entrar em casa, mas é nas relações pessoais e no trabalho que melhor evoluímos.
Definitivamente o home office venceu. Seria inimaginável antes da pandemia resolvermos tanta bronca bancária só nos caixas eletrônicos. Era muito comum irmos aos bancos esperar o atendimento presencial. O ruim é que os bancos aproveitaram para demitir muita gente. De outro lado, ninguém acreditaria se dissessem até o início de 2020 que um dia os Advogados, Magistrados e membros do Ministério Público iriam poder participar das sessões dos Tribunais de bermudas ou até de cuecas. Há uma certa ironia no fato; pode-se pensar que a Justiça começou a se desnudar. O mais importante, entretanto, seria arrancar a venda dos olhos e começar a tratar desigualmente os desiguais.
3 Comentários
“Tratar desigualmente os desiguais”?
Até nisso o virus nos sacaneou
atacando todo mundo de modo
igualitário. E os ricos puderam
ter atendimento de primeira, e
os pobres morreram nas filas
dos hospitais ou nos leitos
hospitalares sufocados por
falta de oxigênio.
Mas hoje, no ano 2024, ainda
nos resta a esperança de esperar
a data da vacinação de cada um.
E VIVA 2025!
Explico. Tratar ricos e pobres igualmente onde os primeiros podem contratar os melhores advogados e peritos não é justiça .
O postulado foi entendido, mas
a minha ironia, não .