Não sei como ou quando isso vai terminar. Está ruim, mas a tendência é piorar, avisam os entendidos. Um amigo acaba de informar aqui no zap que a irmã, o marido e três filhas estão com Covid. O professor Abraão foi enterrado hoje. Tem gente no Hospital da Unimed, tem uti lotada no Clementino Fraga, Rio Grande do Norte ganhou a cor vermelha no Jornal Nacional, Pernambuco idem, nós estamos imprensados e quase mudando de cor.
O homem da oficina pegou Covid e nem sabia. Foi fazer o teste e a mulher o tranquilizou: “O senhor está quase curado”. E o pobre respondeu com um “Cuma?”, pois não sentira nada. Não sentiu, mas deve ter contaminado meio mundo de gente.
Isso porque o pessoal da periferia aboliu a máscara. O pessoal da praia também escondeu a dita cuja. E nessa campanha que ainda perdura por causa do segundo turno, o que mais se viu foi gente fungando no cangote da outra gente, pegando Covid e botando o pé na cova.
Aqui perto tem um laboratório. Na calçada foram armadas duas barracas para atender os clientes motorizados. Fui saber do que se tratava e a enfermeira disse que era o teste para detectar se o sujeito está contaminado ou não. Trezentos e 10 reais por cabeça. Mas ela avisou: “Lá dentro o senhor encontra um teste mais em conta”. Mas será que presta?
A dona do laboratório está enchendo o cofre. Cada carro vem com quatro ou cinco. Cada cabeça a 310, faça as contas!
Uns ganham com a miséria dos outros.
Esse teste o SUS faz. Mas o protocolo é complicado. O paciente tem que estar sem ar, sem olfato e sem sentir gosto. Ou seja, só ganha a pincelada no nariz e a agulha na veia quando a vaca está indo pro brejo.
Eu quase perguntava a enfermeira se ela fazia um menos, um precinho de estudante. Ela ainda perguntou se eu estava sentindo alguma coisa e eu respondi: “Estou sentindo vontade de ser rico.”
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