João Pinto está mais do que certo ao se negar a debater com Sandra Moura sobre a eleição da API. A API é uma associação de jornalistas e todos conhecem suas escadarias, seu auditório, seu terraço, seu restaurante, e, mais que isso, suas atribuições.
Esse negócio de acusar João Pinto de retrógrado não funciona.
João é um jornalista normal, comedor de feijão com cuscuz, homem do povo. Não é estrela, sabe que não é e, ao contrário de outros que pululam por aí, não diz uma coisa e faz outra.
Eu tenho 40 anos de jornalismo e conheço a API de cabo a rabo. Já fui seu vice-presidente, já ocupei diretorias, convivi com todos os presidentes de 40 anos pra cá e nunca vi a Associação Paraibana de Imprensa sair do que é.
Sim, houve um tempo em que se disputava a Presidência da API com o olho gordo num cargo robusto do Governo do Estado. Dali saíram vários presidentes para ocupar Secretarias de Estado, principalmente a Secom.
A API era um passaporte para o presidente chegar a secretário de comunicação social. O governador eleito chamava o presidente pensando que estava homenageando a imprensa, quando na verdade estava enchendo a pança do escolhido.
João Pinto já é presidente em dois mandatos, partindo para o terceiro, e continua o mesmo: pé no chão, gente simples, ajeitando as coisas da sede que quase desaba, trocando os móveis roídos pelo cupim por móveis novos e lutando para evitar a morte da Associação, que quase fecha para balanço em gestões tidas e havidas como progressistas.
Lembro que João, no seu primeiro mandato, fez um convênio com a Secom do Estado, através do qual editou livros de jornalistas que não tinham dinheiro para pagar a edição.
Isso nunca foi feito por nenhum desses vestais que hoje incham a veia do pescoço e tentam menosprezar o presidente.
Eu estou com João. O João Pinto matuto, o João Pinto da gente.
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