Wallace morreu quando eu estava escrevendo as primeiras do dia e por isso passei batido. Quando vi a postagem de Wellington Pereira, seu irmão, a coluna já estava no ar.
Mas está difícil até para acompanhar os óbitos.
As mortes se sucedem, andam em fila indiana, uma atrás da outra, sem intervalos para o almoço.
Wallace era um velho conhecido de muitos anos. Antes mesmo dele casar com Carmen Glória, amiga e colega de trabalho de Dona Cacilda.
Não nos víamos com frequência, só de vez em quando, mas quando esse “vez em quando” acontecia botávamos a agenda em dia e a conversa fluía para a política, para o jornalismo, para as coisas do Brasil.
Na última vez conversamos num sítio de Pilar, durante um aniversário. Ele bebericava uma Serra Lima e eu, que dirigia, só fazia ver com os olhos e lamber com a testa.
Faz uma semana que acompanhei o martírio desse amigo. Carmen nos atualizava. Estava na UTI, intubado, sem melhoras.
Até que pela madrugada respirou pela última vez.
Se vai deixar saudades?
Claro que sim.
Gente boa como Wallace deixa saudades e um espaço vazio impreenchível.
1 Comentário
Meu amigo de infância. Sujeito sério e de conduta ilibada.