As primeiras do dia

Somados os cacos, quem menos perdeu nessa arenga dos últimos dias foi o MDB de Veneziano e o PT de Ricardo Coutinho. Continuaram somando, aos pouquinhos, em fogo brando para não espantar o enxame, enquanto nos outros terreiros o cascudo comeu no centro, desaforos foram a tônica e a traição se fez sentir.

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Perdeu o partido do governador João Azevedo quando abriu mão de Efraim Morais, um deputado federal bastante articulado, que se passou, de mala e cuia, para os lados de Pedro Cunha Lima e vai fazer dobradinha com ele.

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Perderam os Ribeiro ao mostrarem a verdadeira face ao distinto público, que foi aquela de esconder o jogo até a undécima hora e, em seguida, botar a faca nos peitos dos que lutaram para tê-los e dizer “só me terás se juntar a tropa por igual, senão…”

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Os Cunha Lima também perderam Eva, Ludgério e outros súditos fiéis e eternos, embora tenham somado ganhos.

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Alguém dirá: O PT perdeu Anísio, Anselmo Castilho e outros. Perdeu não, já tinha perdido faz tempo, só que ainda não havia  passado a escritura em cartório, com firma reconhecida e tudo o mais.

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Bem que meu amigo Milanez me disse hoje de madrugada que o amanhecer seria cheio de névoas.

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De Wilton Maia Velez em carta ao deputado Gervásio Maia, ´presidente, ainda, do PSB:

“Ao presidente Estadual do Partido Socialista Brasileiro

Dep. Fed. Gervasio Maia

 

O PSB, em minha trajetória política, dentro daquilo que, em discurso, oferece, aos trabalhadores, sempre terá, em minhas lembranças, memórias aguerridas, que me conduziu mais profundamente à defesa, daqueles que necessitam de um instrumento político, para lhes defender, e promover justiça social.

Há uma gritante diferença entre a instituição PSB e suas sazonais gestões, e, isso é o que faz o partido se distanciar sistematicamente; a cada pleito, a cada conjuntura, servindo-se em uma bandeja de prata aos interesses do momento, que muito dificilmente é de atender à classe trabalhadora e fazer valer em seu estatuto o expressivo “S”, de Socialista.

Aqui na Paraíba, nos últimos momentos mais promissores da sigla, eu estava lá. E no momento mais obscuro, quando João Azevedo (hoje recebido com louros, de volta, traindo outra sigla) abandonou o PSB, e promoveu um desmoralizante desmonte, silenciando e cooptando lideranças, com canetadas que mais pareciam facas interrompendo qualificados trabalhos, entretanto, permaneci nas fileiras do PSB e disputei uma difícil eleição, juntamente com valorosos companheiros companheiras que não fugiram da luta, mesmo tendo a direção estadual do partido de maneira míngua tratando o pleito eleitoral na segunda maior cidade do Estado sem a menor atenção. Marchamos bravamente, com muita dignidade, e sem ajuda alguma política, carregando com muito orgulho a memória de João Mangabeira, Miguel a Arraes e Eduardo Campos.

E como resposta ao compromisso firmado com o PSB, foi destituído das funções voluntárias que desempenhava como Coordenador Estadual da Fundação João Mangabeira, sem que o presidente Gervasio Maia tivesse a consideração de sinalizar previamente tal decisão. Isso me causou estranheza, pois, nunca tivemos dificuldade em dialogar com o mesmo ou com sua assessoria. No entanto, mesmo diante de tais sinalizações, permaneci no PSB na intenção de ainda construir um partido que hora devastado pela falta democracia interna, de respeito e recheado de pragmatismo político.

Hoje, contudo, o inconfidente João Azevedo, é alçado a qualidade de salvador do PSB-PB, sendo eleito pela esquerda, presta um papel privatista, propondo a entrega de um legado social de imensurável tamanho, à iniciativa privada, traindo os trabalhadores e trabalhadoras da CAGEPA com a privatização do saneamento, embora afirme expressamente que “no meu governo, a CAGEPA não será privatizada. Entretanto, não é o que consta no balcão de negócios do BNDES.

Diante do exposto, me dirijo ao presidente do PSB na Paraíba, comunicando minha  desfiliação, de forma irrevogável, pois, não posso permanecer em um partido que não respeita sua própria história e seus militantes.

Não posso continuar em um partido que se ajoelha ao poder da máquina pública, não posso permanecer em um partido servo do pragmatismo eleitoral, que arrasta na lama seus princípios. E esse hoje, tem sido o PSB-PB.

Comunico minha  desfiliação imediata.

 

Adelante!

Wilton Maia Velez “

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Atendendo a pedidos dos leitores, que são, na verdade, os verdadeiros donos deste espaço, teremos a partir de hoje, além das primeiras, as derradeiras do dia.

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As delegações para a festa de ontem do PSB no Cabo Branco foram transportadas desde o Vale do Piancó até o litoral de Cabedelo. Por isso acho que era pra ter mais gente.

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Em Lagoa Seca Cássio, ao lado de Pedro e Efraim, pediu ao eleitor pra esquecer o passado.

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O danado é que tem passado inesquecível.

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Ora se tem!

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Explicação do misterioso Aguinaldo Ribeiro para o fato de o PP não ser considerado da base: o partido não tem cargos no Governo.

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Com essa eu me vou-me a mim.