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No mínimo, uma imprudência

9 de fevereiro de 2021

Chorar o senador Zé Maranhão é uma obrigação de todo paraibano que reconhecia nele o homem de valor que sempre foi, mas expor o povo às aglomerações verificadas hoje na Praça João Pessoa e no Palácio da Redenção me cheirou a mau exemplo.

Mau exemplo sim, porque aconteceu na vigência de um decreto que proíbe tudo.

A Covid que matou Zé continua por aí, rondando as esquinas, bares, palácios e praças. Basta um descuido e ela se aloja no corpo do infeliz. E hoje houve mil descuidos durante o velório do senador.

Houve na Praça, houve no Altiplano do Cabo Branco e houve no desembarque do caixão. Todo mundo aglomerado, apertando as mãos em cumprimentos doloridos, numa operação de risco que poderia ter sido evitada.

Rezemos para que nada aconteça. Zé Maranhão não merece levar a culpa por alguma consequência do seu enterro. Principalmente porque ele é a maior vítima desse tipo de imprudência.

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5 Comentários

  • Reply SEVERINO A SANTOS DE LIMA 10 de fevereiro de 2021 at 03:41

    Essa é a doença da empatia, alguém já disse isso alhures!
    Jornalista Tião Lucena, desculpe-me de trazer à baila um tema anterior. Refiro-me a “O grito de Aldo Lopes”, em que o nobre, acertadamente, adverte quem de direito a respeito dos nossos bons escritores, e, no c aso concreto, fala a respeito da literata Marília Arnaud, que conquistou o Prêmio Kindle em sua 5ª edição, com o romance O PÁSSARO SECRETO. Pois bem, trata-se de um certame INTERNACIONAL, não nacional como mencionado na matéria. Se tivesse outro meio de externar tal informação o teria usado: desculpe-me por isso!

    • Reply Valmir Lopes 10 de fevereiro de 2021 at 06:36

      Embora o nome seja em inglês, e signifique “acender”, o prêmio é sim em nível nacional organizado pela Amazon Brasil e a editora Nova Fronteira desde 2016. Bem que poderia trazer para a língua pátria e ser chamando de Prêmio Acender de Literatura. É mais bonito que Kindle, que mais parece opção de nome de lanche em aglomerado de lojas de compras (shopping) lotado de adolescente cheio de espinha que em vez de conversar ficam tirando foto de si mesmo e postando “no face”, ou melhor “na cara.” Por fim, a Paraíba deve ser orgulhar, assim como estou orgulhoso, de ter uma literata reconhecida nacionalmente. Alvíssaras Marília Arnaud.

  • Reply Chico 10 de fevereiro de 2021 at 05:51

    O povo não foi exposto, o povo que é levado por uma estupidez eterna é que auto se expôs . Meu irmão morreu acometido por Alzheimer ,quando a família se preparava para velar o corpo por um certo período pré-determinado mudaram o diagnóstico atestando que ele havia falecido de convido e coube apenas a viúva olha-lo no rost0 rapidamente, por uma abertura do saco que o transportava e depois fecharam e imediatamente mandaram ser enterrado, nessa droga de país até isto é negado, quero vê se terra não come ricos e pobres .

  • Reply Edward Barros Caetano 10 de fevereiro de 2021 at 07:18

    Concordo e aprovo tudo o que Tião falou.

  • Reply José Neves 10 de fevereiro de 2021 at 11:14

    O vírus morre com a pessoa, fato comprovado cientificamente. Essa coisa de proibir ver o corpo não tem nada a ver. É apenas algo pra fazer sofrer mais ainda os familiares, uma humilhação para todos. Se a família garantir o distanciamento e o número reduzido de pessoas, o caixão pode estar aberto tranquilamente.

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